Identidade
Um amigo suicida costumava dizer Em pensar desatinado Deixa vagar a precisão Sabe-se lá o que perpetram. Mil luas divagadas Mãos em regime extraordinário Tantas luzes pouco iluminam – se assim tudo for – Um pouco fica no caminho Engenheiros de cabeça Tanto é estrada. Coroado a toda volta Certezas não encontradas Por estilhaços de vidro Subindo na esquina Um hospital cheio de cabeças? Fábricas descomunais produzindo nada O que anda a cabeça a fazer Taxativas de amores transgredidos, transgressores – oh prestígios de morte – Tão certo quanto o fulgor do vagalume Esta cabeça não é minha Escuro céu sem chama Responder a propostas tão pouco discretas Engloba e silencia o que pretende Que se pode pedir da atenção veloz Tateando, tateando lentamente Pervertida ignorância nela executa Sobe, ascende, transforma A duvida da correspondência A flecha lançada em arco só se finda em consagração Mente grossa alucinada Em cima del...