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Mostrando postagens de junho, 2014

Divagação II

Cessa a musa antiga... É provável que cesse a atual também, que já não sabe se canta ou regurgita o whisky de ontem nessa resenha infernal de ressaca brava... De verso em verso o poeta se embriaga dessa água torpe da sarjeta que lhe banha o corpo sem lhe tocar a alma. Pobre coitado em que me espelho... Pobre, desgraçado, coalho, apaixonado, épico, lírico, dramático,  amante, boêmio,  devasso, drogado, tísico, necrófilo, otário! Doido... Porque verso como quem chora de desalento e de desencanto... Protótipo de poeta fracassado esse meu patético lamento. Intimista confessa, única virtude e talento. Lendo os amigos de outrora,  traduções de meus júbilos e tormentos, início às derrotas desse meu pensamento sem forma Mundo,  mundo vasto mundo... A rima em Raimundos, já dizia Drummond,  é rima e não solução. Porém alternativa quando tudo que resta é uma fuga sem destino ou direção. Infinito enquanto dure? Só esse momento pêndulo de melancolia... É qu...