Divagação
Tem dias que você pára para avaliar o seu passado, vê tantos momentos que lhe pareceram felizes e como tudo desmoronou em segundos... você tenta se apegar a detalhes que justifiquem a importância que você deu aquelas lembranças, algo que justifique toda a dedicação que você teve em construí-las. Mesmo que tudo tenha acabado, que tenha tido um fim lastimável, você acredita que aquelas lembranças são a sua prova de que tudo aconteceu, que tudo foi real, que houve um motivo sincero e puro para ter acontecido.
Você se pergunta inúmeros "e se...", cogita milhões de possibilidades, avalias todas as saídas e involuntariamente vem aquele "por que não foi diferente? Onde errei?". Nenhuma resposta, só os fatos do presente que você aceita e supera. As lembranças vão ficando lacradas até beirarem a cristalização e você se apega a elas para justificar que não foi tempo perdido.
De repente você descobre que a história se repete, que essas lembranças ocorrem longe de você, com outra. E então desfaz-se o último vestígio de resistência que ainda te fazia crer que havia valido a pena, o vento sopra a poeira restante do antigo castelo, tudo se invalida, nada resta.
Não foi real, nem por um instante. Todas as lembranças, os momentos, cada risada, cada gesto, palavra, ação, foi uma falácia, uma mentira.
Um fim malfadado invalida toda uma história. Lembrar já não é válido, perca de tempo e de memória. Que importa agora? Um punhado de mentiras inglórias...
J.L.S.
Você se pergunta inúmeros "e se...", cogita milhões de possibilidades, avalias todas as saídas e involuntariamente vem aquele "por que não foi diferente? Onde errei?". Nenhuma resposta, só os fatos do presente que você aceita e supera. As lembranças vão ficando lacradas até beirarem a cristalização e você se apega a elas para justificar que não foi tempo perdido.
De repente você descobre que a história se repete, que essas lembranças ocorrem longe de você, com outra. E então desfaz-se o último vestígio de resistência que ainda te fazia crer que havia valido a pena, o vento sopra a poeira restante do antigo castelo, tudo se invalida, nada resta.
Não foi real, nem por um instante. Todas as lembranças, os momentos, cada risada, cada gesto, palavra, ação, foi uma falácia, uma mentira.
Um fim malfadado invalida toda uma história. Lembrar já não é válido, perca de tempo e de memória. Que importa agora? Um punhado de mentiras inglórias...
J.L.S.
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